Em meio a pandemia do COVID-19, Senado aprova projeto de linhas de crédito para micro e pequenas empresas.

O documento irá proporcionar R$ 2,4 milhões em crédito, também   define critérios para empresário passe a ter acesso aos valores, a proposta precisa ser analisada pela Câmara dos Deputados, depois após sancionado pelo presidente Jair Bolsonaro entra em vigor.

O Senado aprovou na última terça-feira (7) em sessão virtual, por 78 votos a zero, um projeto que cria uma linha de crédito para micro e pequenas empresas durante a pandemia do novo COVID-19 e de acordo com a proposta, o valor corresponderá a, no máximo, 50% da receita bruta da empresa em 2019. Os valores, conforme o texto, serão os seguintes, por categoria:

Linha de Crédito

Tipo de empresaFaturamento em 2019Limite do crédito
Microempresaaté R$ 360 milaté R$ 180 mil
Pequena empresade R$ 360 mil a R$ 4,8 milhõesde R$ 180 mil a R$ 2,4 milhões
Fonte: Senado Federal

Conforme o projeto aprovado pelo Senado, o Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Pronampe) visa fortalecer os pequenos negócios durante a pandemia.

O programa será operado pela Caixa Econômica Federal e pelo Banco do Brasil e, segundo o texto, as duas instituições repassarão os recursos para os demais bancos que ofertarem o serviço, o que inclui as cooperativas.

Pelas estimativas, serão destinados ao programa R$ 13,6 bilhões. Do total, R$ 10,9 bilhões serão repassados pelo Tesouro à Caixa e ao BB. Os demais R$ 2,7 bilhões serão aportados pelos bancos.

O texto também define que:

80% do crédito serão bancados pela União;

20% do crédito serão bancados pela Caixa e pelo Banco do Brasil.

Outros pontos

Saiba outros pontos do projeto:

as empresas poderão pedir acesso ao crédito até 30 de junho;

os juros serão de 3,75% ao ano;

o pagamento poderá ser feito em até 36 parcelas (a dívida deve ser paga a partir de seis após a concessão do crédito).

Empresas beneficiadas

O projeto foi apresentado pelo senador Jorginho Mello (PL-SC) e relatado pela senadora Kátia Abreu (PDT-TO). Mello afirma que mais de 6 milhões de empresas e 20 milhões de empregados poderão ser beneficiados com a medida, se aprovada.

A relatora acatou algumas sugestões dos parlamentares. Segundo a versão final do projeto, as empresas que fizerem o contrato não poderão demitir os funcionários, sem justa causa, no período entre a data da contratação da linha de crédito e 60 dias após o recebimento da última parcela do dinheiro.

MP editada pelo governo

No último dia 3, o governo editou uma medida provisória (MP) para instituir o Programa Emergencial de Suporte a Empregos. Essa linha de crédito, de R$ 40 bilhões, destinada a pequenas e médias empresas, visa ajudar as companhias a pagar os salários dos funcionários por dois meses.